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Os corredores da Penha

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TENHO O ESTRANHO HÁBITO DE OLHAR LISTAS de concluíntes de provas de corrida de que eu participo. Gosto de descobrir equipes, especialmente se elas têm nomes estranhos ou alusivos a bairros e logradouros de sua cidade.

Foi assim que eu conheci a força das equipes Jabaquara de Corridas e Ladeiras da Penha, dois potentados paulistanos que minha visão curta aqui do Sol Poente, vulgo Lapa, dificilmente alcança. O Jabaquara colocou entre o Top 100, que digo, entre o Top 70 de toda a Maratona de São Paulo o Marcos Emanuel da Silva. Ele foi o 65º geral com 3:08:04. Detalhe: Marcos tem 63 anos.

Foi o primeiro de sua faixa etária.

Mas eu começo hoje falando do Ladeiras da Penha. Os caras estão juntos há pouco tempo, menos de três anos, mas já fazem bastante barulho, com treinos que têm pórtico de largada e batedores de moto.

Chamo aqui o criador e animador permanente da equipe, o professor de educação física Junior Diesel, um nome que parece pseudônimo, o que só melhora a história.

(Assim como dá bem mais sabor às suas matérias o nome francamente implausível da setorista de corridas de rua do  New York Times, a incrível Gretchen Reynolds).

MAIS CORRIDA, MAIS BIRITA, AS REVELAÇÕES DE GRETCHEN REYNOLDS

CORRENDO NO CENTRAL PARK

CORRENDO NA MOOCA

CORRENDO COM UM MOOQUENSE

CORRENDO NA ZONA OESTE

ALGO NÃO ACONTECEU NA IPIRANGA COM SÃO JOÃO

CIRCUITOS EM SP, RIO, BEAGÁ E VITÓRIA

QUEM FREQUENTA O MINHOCÃO

 

Mas deixemos Nova York para depois, pois a Penha pede passagem. Diga lá Diesel.

“Tudo começou em dezembro de 2013, no bairro da Penha, quando convidei mais cinco amigos para um treino que eu já fazia, de 15K, com ênfase em subidas e descidas duras e constantes.
Eles vieram, gostaram, sugeriram marcar outros, e aí a coisa se tornou oficial. Na edição seguinte foram 10K, depois 21K. Com um ano já juntávamos 300 atletas, colocamos batedores de moto, pórtico de largada, pontos de hidratação. Demos medalha, camiseta e troféu. Havia 35 pessoas no estafe.

O evento era mensal, mas tornou-se bimestral a partir de 2015 por conta do tamanho. Na edição de dois anos já éramos 500. Neste domingo fazemos mais um treinão.

O pórtico vai aonde o povo está
O povo vai aonde o pórtico está

Em meio a isso tudo, nasceu o CIRCUITO LADEIRAS de corrida rústica. São corridas oficiais, de trail. Há um ano, em Riacho Grande, fizemos a primeira com 400 inscritos. Depois houve outras em Arujá e Suzano.  Em 2016 já fizemos a primeira etapa do Arujá, onde homenageamos um atleta de trail, Jackson Senigalia, que faleceu tragicamente em acidente de trânsito.

Faremos a segunda etapa em Guararema, estamos negociando ainda a data.”

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Na Mara de São Paulo, o Ladeiras teve nove concluíntes. O melhor entre os homens foi o Marcio Araújo da Silva, de 37 anos, com 3:23:06; entre as mulheres, a Aline Bernardes, de 62 anos, com 5:09:05.  Houve também seis atletas que chegaram ao final na prova de 24K (15 milhas).

Para participar do Treinão de domingo, a contribuição sugerida é R$ 15. Inscreva-se aqui. Há postos de hidratação e distribuição de frutas. Mas dá para correr de graça, o valor é para bancar os custos, já que não há patrocínio.

No trajeto, postais da Penha, como a Basílica, a estação de metrô e as principais avenidas. A largada é na Tiquatira (Carvalho Pinto). Lembre-se de guardar energia para as subidas pesadas, como a da rua Padre João, mais conhecida como Ladeira da Cruz.

E já que é para homenagear a Penha, vai aqui a seleção musical de um célebre filho do bairro, o DJ, jornalista e Regra 3 do Botafogo local Lucio Ribeiro.

LUCIO RIBEIRO E SEU PLAYLIST PARA CORREDORES

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