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A maratona de Buenos Aires 2017 – Entrevistas Suadas

FORAM CERCA DE 10 400 competidores nessa que é considerada a melhor e mais competitiva maratona da América do Sul. Embora o Rio gere muito “buzz” e a nova mara de São Paulo tenha feito duas edições exemplares, Buenos Aires tem o que as provas brasileiras dificilmente vão conseguir obter.

Que é o mix ideal de topografia (absolutamente plana), clima (14 graus na largada, 23 graus com quatro horas de corrida), beleza (metade da corrida pela alameda mais “Champs Elysée” da América do Sul, aquela que corre lindeira aos intermináveis bosques de Palermo) e espaço por suas avenidas largas – dá para fazer a São Silvestre aí, jefe?

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Tantas emociones/Foto: Hernán Reig
Tantas emociones/Foto: Hernán Reig

A informação é impressionista, mas os brasileiros devem ter triplicado sua participação recorde de 2016, que era de 900 e poucos marmanjos. Não foi difícil para nosso correspondente portenho Hernán Reig, que a um dia da prova ainda não sabia como regressar do Brasil para sua BsAs natal, ouvir português nas ruas da capital argentina.

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O chão do papa/Foto: Hernán Reig
O chão do papa/Foto: Hernán Reig

São deles os depoimentos não tão suados de mais uma edição de nossas “Entrevistas Suadas”, além das imagens deste post.

Roberto Vieira conseguiu terminar a mara em split negativo (“cresci na prova”) e não poupou elogios ao evento (“aqui é muito bom, o percurso, os parques”).

Com 53 anos, o Marcos, paulistano da Zona Sul, fez na Argentina apenas a segunda maratona de sua vida. A primeira, em Porto Alegre, foi fechada em 3:46. Em terras hermanas tornou-se sub 3h30, com 3:28. “Realização, superação, felicidade, gratidão”, responde, quando perguntando sobre a “sensação” de participar da prova.

A edição deste ano teve quebra de recorde no masculino. Com 2:09:48 o queniano (bidu) Barnabas Kiptum implodiu a marca dos 2:10, que se mantinha por seis anos.

O jornal El Clarín conta aqui a história emocionante da argentina Stella Maris del Papa, que completou ontem sua septuagésima maratona. Aos 65 anos, ela hoje treina conduzindo um carrinho de bebê, onde vai a neta. Ela conheceu seu marido correndo – ele chegou à mara 57, uma marca igualmente respeitável.

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Toyz/Foto: Hernán Reig
Toyz/Foto: Hernán Reig

O recorde da Stella Maris nos 42K é digno de amador profissional: 3:09:25.

O Alberto, corredor argentino com marcas realmente profissionais, aos 55 anos utilizava os 42K de Buenos Aires como treino para uma prova em Mar del Plata. Ele dá entrevista ao Hernán num castelhano que é quase lunfardo.

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