A RAZÃO DE VOCÊ COMEÇAR A SENTIR que não vai dar e que os 15K, 12K, 8K que faltam para completar a prova são coisa demais, isso tem um nome.
Chama-se Síndrome da Linha de Chegada.
Ela acomete o incauto quando ele começa a acreditar que tem um objetivo a cumprir, uma meta a ticar, como se ele próprio fosse uma máquina, um insumo, um meio de produção.
A ansiedade da vida moderna transposta para o oásis da vida moderna, a corrida.
Já fui vítima do mal.
Na primeiríssima dentição deste pasquim disse o seguinte:
“É mais ou menos assim: lá pelo meio de uma prova, que tem de ser uma meia pra cima, meus olhos começam a procurar com sofreguidão pelas placas de quilometragem. Passada a placa, vem uma enorme ansiedade pela próxima, e assim sucessivamente. Esse estado intranquilo é tudo que não advogo na corrida, que para mim tem outras “utilidades”, uma delas ser opção de transporte, outra ser vetor para se conhecer novas paisagens.”
É A CABEÇA, ESTÚPIDO
SÍNDROME DA LINHA DE CHEGADA
GINÁSTICA PARA A CABEÇA
ADRIANA APARECIDA: QUANDO O CORPO DECLINA, A CABEÇA ENTRA EM CENA
A corrida é tudo isso ao contrário. Não importa chegar, e muito menos a que tempo. Importa estar lá. Você não precisa pensar que há um alvo te esperando na pqp. Não ocupe a cabeça com isso.
Uma hora você chega.
The post Seu problema na corrida tem nome: síndrome da linha de chegada appeared first on Jornalistas que correm.